Defensores Públicos prestigiam formatura de agentes e escrivães da Polícia Civil
Dos 460 formandos, serão convocados 120 para suprir a demanda no interior do Estado

O Estado de Sergipe vai contar inicialmente com mais 120 policiais civis. Essa foi a afirmação do secretário de Segurança Pública, Mendonça Prado, em entrevista durante formatura de 460 agentes e escrivães da Polícia Civil de Sergipe, que aconteceu na noite de segunda-feira, 7, em Aracaju.
A solenidade, que marcou o encerramento do curso de Formação da Polícia Civil nos cargos de escrivão substituto e agente de polícia judiciária substituto, contou com a presença do defensor público geral, Jesus Jairo Almeida de Lacerda; do presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado, Sérgio Barreto Morais e demais autoridades, familiares dos formandos e imprensa.
O defensor público geral, Jesus Jairo Lacerda, parabenizou os novos policiais e destacou o trabalho do delegado Jocélio Franca Fróes. “Sem dúvida o Estado de Sergipe ganhará um grande reforço de agentes e escrivães devidamente preparados para atuar maciçamente na segurança pública. Eles tiveram um grande profissional e professor, delegado Jocélio Franca e toda equipe, que se preocupou em preparar melhor os novos policiais ao promover excelentes cursos e palestras em parceria com diversas instituições, a exemplo da Defensoria Pública, o que demonstra o seu compromisso na promoção de uma segurança pública atuante, séria e eficaz no combate ao crime”, destacou.
A advogada Viviany Gomes escolheu ingressar na Polícia Civil por ser uma carreira estável. “Decidi fazer o concurso de agente da Polícia Civil pela estabilidade. Além disso, a investigação me atrai e a atividade da polícia não é monótona”, disse.

Para a também advogada Daniela Santana, o trabalho de investigação e de campo da polícia foi um desejo que lhe despertava desde a faculdade. “Quando passei a estudar Direito Penal fiquei encantada, o que me ajudou na decisão de disputar uma vaga na Polícia Civil. Na época queria ser escrivã, mas no concurso optei por agente”, conta.
A expectativa do advogado Matheus Correia é que o Estado convoque os 460 aprovados. “Há uma deficiência no quadro da Polícia Civil de Sergipe e essa turma de 460 infantes é a melhor de todos os tempos. Se todos forem chamados farão um grande diferencial nas Delegacias e na sociedade sergipana como um todo. Esperamos que todos sejam convocados para suprir a demanda de agentes e escrivães, que é muito grande”, pontuou.
Segundo o delegado Jocélio Franca Fróes, foi traçado um programa estratégico para que os alunos tivessem uma visão de todo o conteúdo policial e que organiza o estado. “Tivemos aulas táticas e técnicas, aulas de tiro, uso de algemas, operações táticas e também contato com todos os poderes e órgãos que compõem o Estado que foram a Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública do Estado, Defensoria Pública da União, Poder Judiciário, Ministério Público, Policia Rodoviária Federal, Polícia Federal, enfim, oferecemos a esses jovens não só o conhecimento técnico, como também o estratégico da profissão”, enfatizou.
Quadro deficiente – De acordo com o delegado, os 100 agentes e 20 escrivães que serão chamados não irão suprir a demanda. “Só serão chamados 120 no total – que irão para o interior – e os demais estão em cadastro reserva. Esperamos que com uma melhor estrutura econômica e o Estado melhorando a polícia, todos sejam chamados porque a polícia civil e a população precisam deles. Se todos forem chamados ainda não conseguiremos cobrir o claro que tem na polícia judiciária e no efetivo na capital e interior”, ressaltou Jocélio Franca.
O secretário de Segurança Pública, Mendonça Prado, destacou o esforço e o empenho dos formandos. “Esse é um momento histórico para a Polícia Civil de Sergipe. Estamos com um grupo de jovens que foram submetidos a um concurso bastante difícil que exigiu alto grau de conhecimento e isso por si só já seria o bastante para que estivéssemos elogiando, entretanto, passaram também por um processo de formação sob a direção do delegado Jocélio Fróes. Todos tiveram a oportunidade de assimilar os conhecimentos essenciais para que tenhamos uma polícia qualificada. Não tenho a menor dúvida que vai ser fundamental para melhorar os índices do nosso estado, reduzindo as taxas de violência”, enalteceu.
Com relação à posição do Estado na elucidação de crimes, o secretário foi enfático. “Sergipe está em primeiro lugar nas taxas de elucidação de crimes em função do bom trabalho da Polícia Civil. A princípio, vamos convocar 100 agentes e 20 escrivães que é o que está no edital, mas, posteriormente, de acordo com as condições orçamentárias e financeiras do estado, havendo possibilidade o governo convocará um numero superior”, afirmou.
De acordo com o secretário, a partir de janeiro de 2016 será executado um novo plano de segurança pública nas áreas integradas de segurança. “Será um modelo similar ao que acontece em Pernambuco e Bahia. Após uma avaliação que iremos fazer nos primeiros meses é que vamos passar o número correto de policiais para uma adequação e a real necessidade. Acho que para implantação e para suprir as lacunas, o número de convocados eu diria que é razoável”, disse.
