Astra busca apoio da Defensoria para garantir direitos básicos dos travestis e transexuais

  

Além do preconceito e da discriminação, a luta pelos direitos básicos também é uma via crucis que os travestis e transexuais enfrentam diariamente. A busca incessante por mudança de nome e de gênero é um sonho conquistado por minoria, que luta incessantemente para conquistar o respeito e o reconhecimento da sociedade.

 

O vice-presidente da Associação dos Travestis e Transexuais de Sergipe (Astra), Rogério Fernandes e a transexual, Silvania Santos de Sousa se reuniram com os defensores públicos do Núcleo de Direitos Humanos, Sérgio Barreto Morais, Eric Martins e Rosana de Assis para buscar apoio da Defensoria Pública do Estado de Sergipe nos movimentos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros (LGBT).  

 

Defensora Pública, Rosana de Assis

O objetivo é fortalecer as ações para combater a homofobia e garantir o direito dos travestis e transexuais de mudarem o nome e o gênero, sem precisar entrar com ação judicial.

 

Segundo Rogério Fernandes, o apoio da Defensoria dará maior visibibilidade às ações da Astra. “A Defensoria sempre esteve de portas abertas para o movimento LGBT, inclusive com mutirões para mudança de nome e de gênero. Com o apoio da instituição, teremos mais visibilidade e menos burocracia. Além disso, o nome Defensoria já causa um impacto muito positivo e fortalecerá ainda mais os movimentos”, disse.

 

Defensor Público, Eric Figueiredo

O defensor público e coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, Sérgio Barreto Morais, disse que a demanda por direitos dos transexuais não é maior na Defensoria Pública em virtude da pouca procura. “Acredito que muitos não recorrem à instituição por achar que não conseguem uma vitória no pleito. É importante ressaltar que a Defensoria Pública já foi vitoriosa em diversas ações de mudança de nome e de sexo e o Núcleo de Núcleo de Direitos Humanos estará na defesa da causa das minorias, como deve ser” ”, pontuou.

 

De acordo com Silvânia Santos, há um grande índice de transexuais que precisam mudar o nome. “As meninas se distanciam do judiciário por acreditarem que não irão conseguir. Vamos desmistificar esse conceito para que elas possam comparecer e terem ciência do apoio da Defensoria ao movimento LGBT. Vamos viabilizar um mutirão para que todas conquistem o direito de mudar o nome. Estou confiante e com perspectivas de que vamos ter uma instituição forte que vai lutar pelos nossos direitos”, enalteceu.   

 

Por Débora Matos 

 

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