Defensoria Pública realiza Fórum de Discussão para debater temática sobre LGBT
A Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por meio do Núcleo de Direitos Humanos, realizou um Fórum de Discussão sobre as temáticas deLésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT).
Os defensores públicos Sérgio Barreto Morais, Rosana Martins e Eric Martins ouviram as reivindicações dos representantes da Associação de Direitos Humanos e Cidadania GLBT de Aracaju (Astra) e discutiram ações e projetos em prol das pessoas LGBT.
O objetivo é promover a inclusão social e a garantia dos direitos das pessoas LGBTs. “Em respeito a uma sociedade plural, diversa e tolerante, a Defensoria Pública busca a defesa das minorias. A promoção dos direitos e acessos constitui-se em afirmação da vocação”, disse o defensor público coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, Sérgio Barreto Morais.
A presidente da Associação de Direitos Humanos e Cidadania GLBT de Aracaju (Astra), Thatiane Araújo, destacou o apoio e parceria da Defensoria Pública. “Estamos traçando a questão da LGBTfobia de forma mais organizada e a Defensoria Pública escuta e quer saber quais as nossas maiores angústias, sendo parceira numa ação conjunta que só faz bem a sociedade. Os defensores públicos estão de parabéns pela acessibilidade e por demonstrar a sociedade que estão preocupados com a vida dessas pessoas”, destacou.
Thatiana criticou a discriminação às pessoas LGBTs. “No Brasil se mata mais essas pessoas do que em outros países, sendo que aqui é três vezes mais que o México que é o segundo colocado. Precisamos de forças e dos órgãos da sociedade para trabalhar a conscientização de que estamos perdendo pessoas boas em virtude da discriminação como um médico, advogado, enfermeiro, enfim, por irracionalidade e machismo que ainda imperam nesse país”, lamenta.
De acordo com Thatiana, há um processo de exclusão social que precisa ser combatido através de políticas públicas. “Com a exclusão na escola se começa um processo de exclusão social, onde essa pessoa acaba não tendo acesso a emprego e, principalmente as trans que são as que mais sofrem com a discriminação. Quando vão entregar um currículo o nome não condiz com a imagem e elas acabam optando pela prostituição como sobrevivência. Precisamos de capacitação na educação, de ações mais concretas, de programas de inclusão social para evitar que muitas entrem na prostituição por não terem outra alternativa de sobrevivência”, apontou.