COVID19 : Defensoria Pública realiza primeiro atendimento por videoconferência no CASEM
Medida foi adotada em razão do isolamento social por conta do Covid-19
A suspensão do atendimento presencial dos defensores públicos e das visitas dos familiares nas unidades socioeducativas por conta da pandemia do Coronavírus (COVID-19) têm deixado os adolescentes ansiosos e apreensivos. E, para amenizar a situação dos internos, a Defensoria Pública do Estado, através do Núcleo da Criança e do Adolescente, solicitou à Fundação Renascer realização de atendimentos por videoconferência.
O primeiro atendimento foi na Comunidade de Atendimento Socioeducativo Masculino (Casem), realizado na manhã de quinta-feira, 23, pela defensora pública e diretora do Núcleo da Criança e do Adolescente, Andreza Tavares, e pela psicóloga, Cláudia Rúbia. “Consegui entender tudo e tirar as minhas dúvidas. Esse tempo sem contato com os parentes está sendo muito sofrido, choro muito sem ver a família, que sempre foi muito apegada a mim. Conversando com a defensora pública, passo a entender melhor como está o meu processo e me sinto mais acolhido”, disse D. F. C. B.
Os atendimentos por videoconferência também serão realizados no Centro de Atendimento ao Menor (Cenam), na Unidade Socioeducativa de Internação Provisória (Usip), na Unidade Feminina (Unifem) e nas Unidades de Semiliberdade (Case 1 e Case2).
“É muito importante que, nesse período de isolamento social, esses adolescentes tenham acesso aos familiares e ao seu defensor público. Quando não há esse contato, eles ficam depressivos e ansiosos. Em virtude das nossas visitas presenciais terem sido suspensas, vimos a necessidade urgente de fazer esse atendimento de forma virtual, o que está surtindo grandes efeitos positivos”, disse a defensora pública, Andreza Tavares.
O diretor da Casem, Rodrigo Oliveira da Silva, destacou que a videoconferência garante a agilidade do andamento processual dos adolescentes, que estão em cumprimento de medida socioeducativa. “Desde março, os adolescentes não recebem visitas e, para quem já está privado da liberdade, não tem situação mais difícil. A Defensoria Pública solicitou a instalação de um programa para as videoconferências nas unidades e está dando tudo certo com essa nova ferramenta, uma vez que os adolescentes são orientados sobre a situação dos seus processos”, afirmou.
Por Débora Matos (Ascom) c/ informações da Fundação Renascer



