Defensoria Pública realiza atendimento jurídico durante Dia C – Dia de Cooperar
Ação contou com diversos serviços à comunidade do Conjunto Marcos Freire II e adjacências
A Defensoria Pública do Estado de Sergipe participou no sábado (23), na Praça da Juventude do Conjunto Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, do Dia C – Dia de Cooperar, uma ação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado (Sescoop/SE) e Organização das Cooperativas do Estado (OCESE/SE).
O mutirão de serviços contou com orientação jurídica dos Defensores Públicos, Gláucia Amélia e Elber Batalha, e da assistência dos servidores Vânia Lobão e Tainá Noronha, além de demais servidores e colaboradores engajados.
O objetivo do evento, segundo a superintendente do Sescoop, Shirllane Bispo, é celebrar anualmente as ações que as cooperativas realizam. “É um dia de união, onde todas as cooperativas e entidades parceiras se reúnem em prol da população carente, levando diversos serviços à comunidade, e a Defensoria já é nossa parceira”, disse.
“É a segunda edição do Dia de Cooperar que participamos, onde levamos justiça e cidadania aos hipossuficientes. É um evento extremamente importante, afinal, disponibiliza diversos serviços essenciais para a população. A Sescoop/SE está de parabéns pela iniciativa”, destacou a defensora pública, Glaucia Amélia Silveira.
A dona de casa, Rosivalda da Silva Souza, buscou orientação jurídica sobre direito de família. “Sou pensionista do primeiro marido e moro com o atual parceiro há anos. Ele quer que eu tenha direito a parte dos bens dele e pediu para casar ou fazer uma união estável, mas tenho receio de perder a pensão. Procurei a Defensoria Pública para saber se, ao fazer união estável, corro o risco de perder. Saio bastante satisfeita com a orientação e com o atendimento”, disse.
O pedreiro e morador do Povoado São Brás, Marcos Ramos dos Santos, vem enfrentando uma via-crúcis desde 2010. Desempregado e morando com a mãe e irmão, Marcos enfrenta diversas dificuldades e depende financeiramente da família para sobreviver. Recorreu à Defensoria porque teve seus documentos usados em diversas fraudes e, recentemente, descobriu que existe um financiamento de veículo em seu nome.
“Em 2010 descobri vários cartões de créditos em meu nome, contas e empréstimos bancário e, no dia 21 de julho deste ano fui fazer o cartão da Magazine Luiza e fui surpreendido com restrição em meu nome. Busquei mais informações e apareceu financiamento de um veículo Xsara GLX ano 2001. Desde 2010 que venho ganhando os processos e provando que fui vítima de fraude. Meu nome já estava limpo e agora apareceu esse financiamento que não fiz. Durante os processos, foi descoberto que a pessoa que está usando meus documentos é meu ex-patrão. Ele me demitiu em 2009 e, em 2010, apareceram diversas transações e, além desse financiamento, há multas de trânsito. Tenho fé em Deus que a Defensoria irá resolver e logo esse pesadelo acaba”, relata o pedreiro.
Também vítima de fraude, a dona de casa Maria Silvânia Santos procurou a Defensoria durante o mutirão. “Meu saudoso marido comprou um carro em 2012, mesmo ano do seu falecimento para pagar em 48 vezes. Assim que ele morreu, não tive como arcar com as prestações e pedi para esse advogado devolver o carro ao banco, só que o mesmo não devolveu e ficou com o carro e o carnê. O pior é que ele repassou o carro para outra pessoa e quando sempre o procurava me evitada e logo depois sumiu. Foram chegando diversas cobranças de prestações atrasadas e, através de uma multa, descobri que o carro estava sendo usado pelo advogado. Prestei diversas queixas e, finalmente, o veículo foi encontrado em novembro de 2021 porque a placa estava clonada. Estou mais aliviada com a orientação e encaminhamento do Defensor Público, Dr. Élber e agora sei que meu problema será resolvido”, disse satisfeita.
Além de orientações jurídicas, foram disponibilizados serviços de saúde, financeiro, trânsito, entre outros.
Por Débora Matos