Defensoria Pública acompanha situação e presta assistência às famílias que ocupam o CRAS do Bairro Coqueiral

 

Cerca de 26 famílias ocuparam o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Bairro Coqueiral na noite do último dia 12.  A Defensoria Pública do Estado, através dos defensores públicos Alfredo Carlos Nikolaus e Sérgio Barreto Morais dos Núcleos de Bairros e Direitos Humanos, respectivamente, estiveram no local e estão prestando assistência aos ocupantes.

 

De acordo com Alfredo Nikolaus, as famílias não estavam tendo acesso à alimentos e água. “Foram cortados água e energia e a Guarda Municipal, por determinação do Município de Aracaju, estava impedindo a entrada de alimento e água para os ocupantes, o que agravava ainda mais a situação das famílias, principalmente das crianças que totalizam em torno de 15. Todos estavam em barracos e, por diversas vezes procuraram a Prefeitura de Aracaju, sem lograr êxito”, disse. 

 

A Defensoria Pública encaminhou na manhã do dia 13, assistentes sociais do Centro Integrado de Atendimento Psicossocial (Ciaps) para fazer o estudo social das famílias. “Há 26 famílias e várias crianças em extrema situação de vulnerabilidade social. Fizemos o cadastro das famílias para identificar se estão cadastradas no NIS para acesso aos benefícios sociais como auxílio Brasil e outros; número de desempregados, filhos e idades, entre outras informações. Infelizmente eles não têm para onde ir, pois viviam em barracos no Loteamento Copacabana II em situação precária”, relatou a assistente social, Maria das Graças.

 

Segundo Maria das Graças, algumas pessoas passaram mal com fome e sede. “Eles estavam impedidos de receberem alimentos e água, por isso, alguns acabaram desmaiando com fome, inclusive mães que amamentam. Só começou a entrar alimentos depois que a Defensoria Pública interviu junto à Secretaria de Assistência Social do município”, afirmou.

 

O defensor público-geral, Leó Neto, reafirmou que a Defensoria Pública está prestando assistência às famílias. “Não poderia a Defensoria deixar de prestar assistência às famílias que encontram-se em extrema vulnerabilidade social e manter contato com as autoridades para que, ao menos, os adultos e crianças tivessem acesso aos alimentos e sejam assistidos pelo poder público, mínima forma de preservar a dignidade da pessoa humana”, pontuou.

 

“A Defensoria Pública, como instrumento de concretização dos direitos e garantias fundamentais e expressão da democracia brasileira, acompanha as famílias e já está adotando todas as medidas e direitos fundamentais “, disse o defensor público, Sérgio Barreto.

 

Por Débora Matos 

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