Defensoria Pública celebra mês do autismo com ações no CIRAS
A Defensoria Pública do Estado de Sergipe na quarta-feira, 13, uma ação alusiva ao Dia das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), celebrado no último dia 2. O evento, que contou com a presença das defensoras publicas dos Núcleos da Saúde e da Criança e do Adolescente, Carolina D`Avila Brugni, Isabelle Peixoto, Ingrid Ribeiro, Carolina Melo, Aline Teixeira e Richesmy Libório, foi realizado na sede do Centro de Integração Raio de Sol (CIRAS), localizado no Bairro Santa Maria, em Aracaju.
A defensora pública diretora do Núcleo da Saúde, Carolina D`Avila, abriu o evento destacando a importância da Defensoria Pública na Defesa dos direitos das pessoas com autismo. “Trouxemos informação às mães de autistas tanto na parte jurídica como psicológica, como também falamos sobre o papel da Defensoria Pública e dos serviços disponibilizados para a população”, disse.
“Várias famílias, que têm membros com autismo, têm uma busca incessante para soluções dos problemas. Essa iniciativa dos defensores públicos é um momento em que as famílias conseguem dialogar e demonstrar interesse nos seus direitos. A Defensoria Pública é tudo para nós, um apoio fundamental na garantia dos direitos das pessoas com TEA”, destacou a diretora presidente do CIRAS, Carolyn Estella Carvalho.
O pai de autista, Sergio Santos, aprovou a iniciativa da Defensoria. “A ação é muito importante, afinal, o que falta para a população é conhecimento e essa é uma oportunidade única que temos para tirar nossas dúvidas, já que podemos contar com a Defensoria Pública para garantir nossos direitos”, pontuou.
A psicóloga do Centro Integrado de Atendimento Psicossocial, Syrlene Besouchet, salientou que o trabalho da Defensoria Pública vai além de assistência jurídica. “A Defensoria Pública é uma instituição que além de ter sua essência jurídica, tem braços que atingem justamente o cidadão quando olhamos no contexto que está inserido. Temos o Ciaps, onde conta com psicólogo e assistentes sociais para observar o seu humano no seu contexto. Nessa ação no CIRAS, trazemos para as famílias esse conhecimento do que é o autismo e darmos suporte às famílias em relação a esse transtorno de tão difícil entendimento e diagnóstico”, enfatizou.
Para a dona de casa Liomar Rezende Santana, que tem um filho autista atleta de judô, 15 anos, o evento é importante para esclarecer diversas demandas. “Muitas mães desconhecem os seus direitos e esse evento trouxe uma oportunidade de levarmos nossas demandas à Defensoria Pública. Muitas vezes, esperamos quatro a cinco anos para ter direito a procedimentos de saúde e poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para nossos filhos. Através desse evento com a presença dos defensores públicos, nos sentimos mais acolhidos”, disse.
“Foi um evento muito importante para pais e toda família que tem uma pessoa com autismo. Através da Defensoria, pudemos conhecer melhor nossos direitos e tenho certeza que todos saíram beneficiados e satisfeitos com a atuação da instituição e com as orientações das defensoras públicas. Esperamos que o CIRAS promova mais eventos como esse”, enalteceu a avó de autista, Linda Santos.
Durante a ação, foram distribuídos folders sobre as pessoas com TEA e seus direitos produzidos pela Defensoria Pública, e logo após as famílias contaram com um coffee break.
Sobre o CIRAS – Fundado em 1979 com o nome Rosa Azul, a instituição passou a se chamar CIRAS após 20 anos. No início era somente Centro de Reabilitação e logo se estendeu para assistência social com diversos programas e serviços para as pessoas com TEA.
Por Débora Matos
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