Defensoria Pública empossa três Defensores Públicos
Com a chegada de três membros, a instituição passa a contar com um quadro de 95 profissionais

O Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado de Sergipe empossou no final da tarde desta segunda-feira, 12, três novos defensores públicos. A solenidade – que aconteceu no Auditório Defensor Público Rubens Murilo Machado, na Central de Atendimento Defensora Diva Costa Lima – contou com a presença de familiares dos empossados, defensores públicos, servidores e demais convidados.
Após ter deixado o cargo de Juiz Substituto na Bahia, o jovem Matheus Pacheco Franco decidiu ingressar na Defensoria Pública para concretizar um sonho. “Há quase dois anos fiz dois concursos públicos, sendo um para juiz e outro para defensor público. Fui chamado primeiro para juiz, por isso decidi aceitar, onde atuei por um ano e três meses nas cidades de Conde e Acajutiba. Ser Defensor Público é a concretização de um sonho”, declarou o empossado.

“Tinha um cargo em comissão no Ministério Público e no Judiciário de Sergipe antes mesmo de passar no concurso público. Nunca quis sair do meu Estado. Aqui há dezenas de Comarcas com apenas juiz, promotor e sem defensor público, então optei deixar o cargo de juiz para ingressar na Defensoria. Quero juntar forças, pois há uma exclusão da Defensoria Pública em proporcionar acesso dos mais carentes à justiça em virtude da falta de Defensor Público. Tenho certeza que como Defensor estou dando um passo à frente e não atrás”, completou Matheus Pacheco.
O pernambucano de Garanhuns e novo membro da Defensoria Pública, Guilherme Leite Cavalcanti Filho, afirmou que se identificou com o perfil da instituição, que é ajudar os que mais necessitam. “A Defensoria é um instrumento da democracia brasileira porque reporta à justiça para aqueles que não têm condições de acessá-la”, disse.
Para Guilherme Leite, o momento é de expectativa. “É uma realização pessoal e profissional. Fui advogado e conciliador do Tribunal de Justiça da Bahia por quase quatro anos, mas poder ser Defensor Público é um sentimento imensurável”, destacou ao mencionar uma frase de sua autoria: “A força da Defensoria Pública reflete o desenvolvimento da cidadania de uma nação”.
O defensor público geral, Jesus Jairo Almeida de Lacerda, deu boas vindas aos empossados e destacou a importância no aumento do quadro. “A chegada desses novos membros fortalece ainda mais a nossa instituição, uma vez que o Estado ainda é carente de Defensor Público. Hoje a Defensoria Pública vive um momento de grandes renovações e mudanças”, disse.
“Antigamente os nossos colegas saíam da instituição em busca de novas oportunidades, mas hoje temos um exemplo de um juiz que deixa a magistratura para ser Defensor Público, o que representa o fortalecimento da Defensoria Pública de Sergipe. Desejamos sucessos aos nobres colegas e que possamos dar continuidade ao grande trabalho desenvolvido em prol da população hipossuficiente, que é a nossa mais nobre missão”, enfatizou Jesus Jairo.
Única mulher como empossada, Carolina Sales Melo e Melo falou da escolha de ser defensora pública. “Escolhi essa profissão por vocação. A vontade de poder ajudar a população mais frágil, os mais humildes, os que necessitam de amparo é uma questão de personalidade e de amor ao próximo. Hoje o sentimento é de realização pessoal, de poder utilizar todos os anos de aprendizagem em favor do próximo, de todos aqueles que mais precisam”.
De acordo com a corregedora geral, Isabelle Silva Peixoto, o quadro continua incompleto. “Com a chegada desses novos membros, o número de defensores públicos passa a ser 95. O quadro é de 100, mas continua incompleto. O ideal para atender todo Estado é de no mínimo 160 defensores. Claro que a chegada desses novos só vem contribuir e fortalecer a instituição, mas infelizmente ainda é pouco. Precisamos de muito mais para alcançar o que a gente deseja, que é atender todos os municípios”, ressaltou.
Por Débora Matos
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