Defensoria Pública já beneficiou mais de 300 famílias com o projeto “Ser Pai é Legal”

 

A Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por intermédio do Centro Integrado de Atendimento Psicossocial (CIAPS), promoveu na última quarta-feira, 14, na Central de Atendimento Defensora Diva Costa Lima, um mutirão de DNA do projeto “Ser Pai é Legal”.  

 

O projeto foi criado há dois anos e já beneficiou mais de 300 famílias que procuraram a instituição para o reconhecimento de paternidade. “Só no Mutirão foram realizadas mais de 30 audiências de conciliação, além de agendamentos para exames”, disse a psicóloga e coordenadora do Ciaps, Syrlene Besouchet.

 

O exame é totalmente gratuito e, para ter acesso, as partes devem agendar uma audiência que terá a participação de um defensor público, psicólogo e assistente social. “As partes são encaminhadas ao laboratório para a coleta do material. O exame é feito de forma extrajudicial e após a coleta, o resultado sai em apenas 20 dias. Marcamos uma nova audiência para abrir o exame e, se positivo, encaminhamos os pais ao cartório para emitir uma nova certidão de nascimento”, explicou a psicóloga.

 

De acordo com Syrlene Besouchet, o diferencial do projeto é o voluntarismo e a celeridade no processo de reconhecimento. “No início, a procura era menor partindo somente da mãe, avós ou filhos maiores, mas hoje temos uma grande demanda de pais que buscam reconhecer seus filhos. É preciso que haja um interesse espontâneo das partes em querer fazer o exame. É importante frisar que este projeto é diferente de uma ação de reconhecimento de paternidade na justiça comum, onde o pai é acionado para fazer o exame e o resultado leva até um ano para sair, enquanto por aqui o resultado sai em 20 dias”, ressaltou.

 

A mãe de Soraya de um ano e sete meses, a dona de casa Solange dos Santos e o lavrador José Aldo Pereira da Silva decidiram fazer o exame. “Não tenho dúvida que a criança é minha filha. Sou casado e como está havendo conflitos da parte de minha família que acredita que ela não é minha filha, decidi provar para eles que a menina tem o meu sangue. Se não fizer esse exame os conflitos continuarão e quem vai sofrer é a criança. Vou ficar muito feliz com o resultado positivo”, relatou ansioso.

 

O agendamento é feito no Central de Atendimento Defensora Diva Costa Lima, na Avenida Barão de Maruim, 94, Bairro Centro.  Mais informações através do telefone 3205.3700. 

 

Por Débora Matos 

Fotos: Iran Souza

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