Defensoria Pública realiza ações em alusão ao mês da Mulher com palestras e distribuição de informativos sobre violência doméstica
A Defensoria Pública do Estado, através do Núcleo de Defesa da Mulher, realizou no sábado (11), na Central de Atendimento Defensora Diva Costa Lima, Bairro Jardins, uma ação comemorativa ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de Março.
Mais de 20 mulheres do Bairro Aloque, em Aracaju, participaram de palestra, dinâmica de apresentação e entrosamento, orientações jurídicas, atendimento psicológico e receberam rosas, panfletos e folders sobre violência contra a mulher, além de mimos e lanches.
“Violência contra a Mulher” foi o tema debatido na palestra proferida pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Itabaiana, Marcelo Gurgel; pela psicóloga do Centro Integrado de Atendimento Psicossocial da Defensoria Pública (Ciaps), Syrlene Besouchet e pela defensora pública e diretora do Nudem, Elvira Lorenza.
“Buscamos realizar um evento que conscientizasse a mulher da importância de se valorizar e sair de uma relação tóxica. Muitas mulheres se acomodam em uma relação doentia por medo de ficarem sozinhas ou por dependência financeira. Realizamos essa ação para fortalecer e contribuir para a autoestima dessas mulheres, nos colocando à disposição tanto para assistência jurídica quanto psicossocial. Elas nunca estarão sozinhas, pois o Nudem estará sempre à disposição para ajudá-las”, pontuou a defensora pública e diretora do Nudem, Elvira Lorenza.
Para o juiz, Marcelo Gurgel, a relação tóxica está tão normalizada que muitas mulheres não acreditam mais na possibilidade de viverem um amor diferente e saudável. “Minha contribuição a esse evento foi fazer com que a mulher possa entender o que está acontecendo nos bastidores, consiga se fortalecer e possa se libertar de um relacionamento tóxico, porque ela tem direito de ser feliz. Infelizmente, muitas mulheres não acreditam nisso, pois hoje a relação tóxica está tão normalizada que não acreditam mais na possibilidade de viverem um amor diferente e saudável. Essa iniciativa da Defensoria Pública é muito importante, afinal, é uma porta de entrada para que essas mulheres tenham a oportunidade de entenderem e enxergarem o que aconteceu e, a partir daí, tomarem as medidas necessárias para saírem dessa relação. A intenção é conscientizá-las de que merecem muito mais do que lhes oferecem que é uma relação mediana, sem amor e tóxica”, disse.
A dona de casa, Simone Borges, conclamou as mulheres a pedirem ajuda. “A mulher que tiver com algum problema ou vivendo uma relação tóxica, que busque ajuda na Defensoria ou converse com uma pessoa mais próxima e que tenha confiança. A mulher não deve guardar para si o que está sentindo. Sabemos que não é fácil falar dos nossos problemas, mas não podemos guardar e deixar de pedir ajuda. Espero que a Defensoria possa fazer mais eventos como esse”, enfatizou.
“A palestra foi maravilhosa. O tema foi direcionado para mulheres que vivem o que foi abordado. Que tudo que foi falado sirva como exemplo e elas saiam daqui com um propósito de ajudar outras mulheres, pois sabemos que muitas estão sofrendo e não pedem ajuda. O esclarecimento foi muito bom, ouvimos que devemos ser independentes e não podemos nos calar diante de uma violência doméstica. Que os homens tenham consciência que não são nossos donos. Só tenho a agradecer a Defensoria por essa ação”, destacou a dona de casa, Josenilda da Silva.
Participaram do evento, as defensoras públicas integrantes do Núcleo, Juliana Falcão, Ana Amélia, Janine Reis; do subdefensor geral, Jesus Jairo Lacerda; da subcorregedora auxiliar da Corregedoria Geral, Andreza Tavares, da defensora pública e diretora da Central de Mediação e Conciliação, Isabelle Peixoto e da defensora pública, Laura Cortez.
Por Débora Matos